
19 de julho 2016
Prefeito ignora servidores de Santa Lúcia e serviços param a partir desta quinta-feira
Vale-alimentação está atrasado há cinco meses e não houve reajuste anual de salários; Ministério do Trabalho fará fiscalização no Município
Com vale-alimentação atrasado há cinco meses, sem reajuste salarial e com as portas fechadas pela Prefeitura para o diálogo, não restou alternativa para os servidores públicos municiais de Santa Lúcia. Em assembleia na última quarta-feira, eles confirmaram a greve geral nos serviços públicos da cidade a partir desta quinta-feira, dia 21, como já estava previsto.
Desde o fim do mês passado, os servidores estão organizados pelo SISMAR tentando negociar o reajuste anual e o pagamento dos tíquetes atrasados diretamente com a Administração e também por meio do Ministério do Trabalho, em audiências de conciliação, com um mediador imparcial. Porém, a Prefeitura simplesmente ignora as reivindicações da categoria. Nenhum representante da Prefeitura de Santa Lúcia compareceu à audiência convocada pelo Ministério do Trabalho, sequer se justificaram, e os gestores públicos não respondem aos pedidos dos trabalhadores e do Sindicato.
Sem possibilidade de negociação e vendo seus direitos sendo desrespeitados, os servidores públicos municipais de Santa Lúcia recorrem à greve como forma de pressionar o governo. A continuidade da greve, portanto, está nas mãos do prefeito Antônio Sérgio Trentim (PMDB).
Pelo Ministério do Trabalho, foi aberto um procedimento de auditoria fiscal para verificar eventuais atrasos no pagamento do FGTS, atrasos constantes no pagamento dos salários e a falta de reajuste anual de salários, direito garantido pela Constituição Federal.
Como já mostramos, a maioria dos 250 servidores de lá recebe aproximadamente um salário mínimo e o tíquete é de R$ 150. Deixá-los sem o vale-alimentação significa uma redução de quase 20% na renda do trabalhador. Em cinco meses, são R$ 750 de dívida da Prefeitura com cada servidor, quase um salário a menos apenas nesse tempo.
O SISMAR ainda espera que o prefeito tenha sensibilidade, compreenda a gravidade da situação e apresente uma proposta digna aos trabalhadores. Caso contrário, a cidade pode viver sua segunda greve em dois anos.