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27 de junho 2016

Motuca: greve está suspensa até dia 5

Caso a Prefeitura não apresente uma proposta digna para os servidores na Justiça, a paralisação será retomada a partir do dia 6

 

Os servidores municipais de Motuca, reunidos em assembleia na manhã desta segunda-feira, 27, decidiram suspender a greve da categoria para aguardar a audiência de conciliação convocada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas, marcada para o dia 5 de julho. A greve já estava em seu 20º dia e conta com adesão de mais de metade da categoria.

Uma liminar do TRT havia determinado na sexta-feira que pelo menos 70% dos servidores deveriam voltar ao trabalho a partir de segunda. Mas, em respeito à população da cidade que apoiou o movimento grevista desde o começo, os servidores decidiram retomar integralmente o serviço até o dia da audiência, suspendendo a greve.

A audiência no TRT será dia 5, pela manhã. O SISMAR espera que a Prefeitura apresente uma proposta digna para os trabalhadores. Outra assembleia geral dos servidores já está marcada para o mesmo dia 5, às 19h, no Centro Cultural de Motuca, quando a nova proposta da Prefeitura, se existir, será colocada em votação.

Caso a Prefeitura não apresente uma proposta digna para os trabalhadores, a greve pode ser retomada já a partir do dia 6.


Diálogo


Os servidores tentam negociar com a Prefeitura seu reajuste salarial anual, garantido pela Constituição Federal, desde fevereiro. A posição da Administração é a mesma desde então: não conceder reajuste nem no salário e nem no tíquete dos servidores, o que significa redução de quase 10% nos salários, por causa da inflação alta do último ano.

Todas as tentativas de negociação salarial em 2016 fracassaram por causa da rigidez da Prefeitura e da insistência em dar 0% de reajuste. No Ministério do Trabalho, o prefeito nem compareceu à segunda audiência e, por carta assinada por advogados, ainda voltou atrás no que tinha proposto anteriormente. No Ministério Público do Trabalho, o prefeito também não foi à primeira audiência e depois não cumpriu o que prometeu diante do procurador, que era ajuizar o dissidio de greve com urgência. Só o fez cinco dias depois.

Durante esse período de greve, enquanto as mães de Motuca estavam sem creche para deixar seus filhos, enquanto os servidores faziam passeatas e manifestações lutando pelos seus direitos, enquanto os serviços públicos estavam parados com apoio da população e da Câmara Municipal, o prefeito não parecia preocupado, não tomou nenhuma providência em relação a isso, mas continuou atendendo como médico em sua clínica em Matão normalmente.

Agora, para a Justiça, o prefeito está alegando que está preocupado com o andamento dos serviços públicos municipais de Motuca. Porém, muitas perguntas estão sem resposta.

Não era para estar preocupado com isso desde o primeiro dia de greve?

Por que não ajuizou o dissídio nos primeiros dias de greve?

Por que esperou mais de 15 dias para “ficar preocupado”?

Por que não recebeu os servidores para negociar?

Por que não compareceu à audiência no Ministério do Trabalho e voltou atrás na proposta do tíquete?

Por que não compareceu à primeira audiência no Ministério Público do Trabalho?

Por que só pode comparecer dois dias depois ao MPT?

Será que os problemas de Motuca são prioridade para o prefeito?

O SISMAR e os servidores esperam as respostas.

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