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20 de maio 2016

Há oito meses, pombos defecam em mesas e servidores na “supersecretaria”

Desde que foram para lá, trabalhadores denunciam as péssimas condições de trabalho; depois de quatro tentativas de acordo, Ministério do Trabalho deve multar a Prefeitura

 

Ultrajante. Essa é a situação dos servidores instalados há oito meses na chamada “supersecretaria”, no CEAR. Pombos e outros pássaros defecam diariamente nas mesas e nos servidores, goteiras por toda parte aparecem a cada chuva, falta de ventilação adequada, muita sujeira e fiação exposta são alguns dos problemas enfrentado ali desde a inauguração. O SISMAR – Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região vistoriou o local e também identificou hidrante sem mangueira, bebedouro sem filtro e até janela sem vidro.

As primeiras queixas feitas diretamente pelos servidores logo após a inauguração foram solenemente ignoradas pela Prefeitura. Em janeiro, o SISMAR acionou o Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) para tentar solucionar os problemas administrativamente, dialogando. Porém, depois de quatro audiências os problemas ainda não foram resolvidos.

Como consequência do descaso da Prefeitura com as condições de trabalho na “supersecretaria”, depois de quatro audiências convocadas especificamente para a solução dos problemas administrativamente sem resultados práticos, o MTPS acionou o setor de inspeção da Gerência Regional do Trabalho e Emprego (GRTE) “para as providências pertinentes”, ou seja, multas pesadas. “O SISMAR tentou resolver na base da conversa para evitar mais prejuízos financeiros para essa Administração que já afundou a cidade em dívidas. Mas parece que a Prefeitura só entende a linguagem da multa, da ordem judicial”, explica Luciano Fagnani, dirigente do SISMAR.

O local foi adaptado precariamente para abrigar cerca de 150 pessoas trabalham nos cinco órgãos lotados no local: Secretarias de Assistência e Desenvolvimento Social, de Direitos Humanos e Participação Popular, de Habitação, e do Meio Ambiente, além do PAT.
 

E eles querem mais


Não satisfeito em “depositar” 150 trabalhadores naquele local e mantê-los em condições absurdas, o prefeito Marcelo Barbieri quer agora transferir também mais 200 servidores das Vigilâncias em Saúde para outro pavilhão semelhante ao da “supersecretaria”.

Para isso, ele pretende tirá-los do prédio do antigo PS do Melhado (que foi reformado e pintado pelos próprios servidores), vender o prédio(!) e ainda gastar mais de R$ 2 milhões para fazer as adequações necessárias no tal pavilhão do CEAR, onde funcionava a praça de alimentação da extinta Facira.

É isso mesmo. Essa Administração, que cortou até o papel higiênico dos servidores para economizar, parece que achou R$ 2 milhões na rua e quer usar para reformar um pavilhão do CEAR para transferir 250 servidores que estão muito bem instalado em um prédio que não será ocupado pela Prefeitura, ao contrário, será vendido. “A quem interessa essa venda para o prefeito estar tão interessado e insistindo tanto?”, quer saber Marcelo Roldan, dirigente do SISMAR.


Barrar na Justiça


Apesar da insistência pessoal do prefeito, será difícil concretizar a venda do prédio do antigo PS do Melhado. O SISMAR já está preparando uma ação para questionar a venda na Justiça, a exemplo do que foi feito com o prédio da CTA.

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