
05 de abril 2016 (atualizada às 13h48)
BES: Servidores mantém greve por tempo indeterminado
Categoria decidiu permanecer parada até que o prefeito demonstre que está fazendo de tudo para economizar e ter dinheiro para dar aumento.
Em assembleia lotada em frente à Prefeitura de Boa Esperança do Sul na manhã desta quarta-feira, mais de 400 servidores aprovaram dois e rejeitaram um dos itens da contraproposta oferecia pelo prefeito Edinho Raminelli, e decidiram permanecer em greve até que ele prove para o funcionalismo que está fazendo tudo o que é possível para economizar dinheiro e ter condições de dar aumento para a categoria.
(atualização)
Os itens aprovados foram a redução da jornada para 6 horas diárias para quem cumpre jornada maior, com exceção dos professores e dos profissionais que cumprem jornada especial de 12x36 horas, e o aumento de 10% no valor do tíquete.
O que os servidores rejeitaram foi o congelamento dos salários. Eles não aceitaram a justificativa da Prefeitura de que não há dinheiro para dar aumento por causa da crise. A categoria quer saber se os gastos da Prefeitura estão mesmo enxutos, ou se há desperdícios ou custos desnecessários que podem ser cortados para fazer sobrar dinheiro para os trabalhadores.
O SISMAR – Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região – vai comunicar a Prefeitura oficialmente ainda hoje sobre a decisão da categoria. Assim que houver uma resposta oficial, ela será submetida à aprovação dos servidores em assembleia.
Os funcionários voltam a se reunir amanhã, quinta-feira, 7, às 8 horas, em frente à Prefeitura. Um comando de greve percorrerá as unidades pela manhã para conversar com os servidores.
A lei eleitoral permite reajuste de salários do funcionalismo público em ano de eleição, mas com restrições. Até o dia 5 de abril, os municípios estavam autorizados a conceder aumento pelo índice inflacionário dos últimos 12 meses, a partir dessa data, os prefeitos só estão autorizados a reajustar os salários dos servidores até o limite máximo da inflação acumulada no ano eleitoral, ou seja, de janeiro a abril de 2016.