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29 de março 2016

Em Ribeirão Bonito, os servidores ficaram no meio de um jogo de empurra

Nas negociações da data-base de 2016 em Ribeirão Bonito, depois de muitas tratativas e de muito empenho a categoria, organizada pelo SISMAR, conseguiu fechar acordo com a Administração com um resultado favorável aos servidores: a reposição da inflação dos últimos 12 meses (11,08%) e mais 1% como aumento real. Além disso, ficou em aberto a possibilidade de um aumento no tíquete.

 

Entretanto, como diz o ditado, tudo o que é bom dura pouco. Poucos dias depois de encerradas as negociações, informaram ao SISMAR que a Câmara Municipal teria um parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) recomendando não dar aumento real em ano de eleições municipais e que, por conta disso, o prefeito teria retirado o projeto da Câmara e a data-base seria votada contemplando apenas o índice de reposição das perdas inflacionárias.

De posse destas informações, dirigentes do SISMAR tentaram contato com algum vereador ou funcionário da Câmara e também com o prefeito. Na Câmara insistiram no tal parecer do TCE, porém, ao questionarmos a existência de um parecer que contraria a própria Lei Eleitoral, fomos informados de que o “parecer” foi dado informalmente, numa conversa em um evento, ou seja, o tal “parecer” não existe.

Na prefeitura, o mesmo questionamento foi feito ao prefeito e ele respondeu que não teve a preocupação de solicitar uma cópia do “parecer” e que retirou o projeto pautado nas informações verbais que o presidente da Câmara teria trazido à Administração Pública. Informações que o próprio presidente admitiu, durante a sessão terem sido obtidas informalmente em uma conversa durante um evento. “Neste ponto, só temos que lamentar o amadorismo do presidente da Câmara neste processo, afinal, como pode um vereador presidente de uma casa de leis se pautar por uma conversa informal com um amigo para justificar a toda uma categoria com salários já defasados que eles não terão um pequeno aumento de 1% em seus salários?”, cobra Marcelo dos Santos Roldan, dirigente do SISMAR.

“Tentamos de toda forma convencer o prefeito de que a Lei autoriza tal aumento e entendemos que ele ainda pode enviar o projeto que contempla o acordado na data-base para a Câmara votar, mas não temos certeza de que isso vá ocorrer”, informa o sindicalista. “O que não podemos assistir calados é um jogo de empurra-empurra onde o servidor é sempre o prejudicado. Na semana que vem (dia 4 de abril), teremos uma nova sessão na Câmara e torceremos para que a Administração atenda às reivindicações da categoria e que passe aos vereadores a responsabilidade de justificar aos servidores os motivos que os impedem de concederem este pequeno aumento à categoria”, completa.

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