
10 de março 2016
Buracos em frente a escola municipal colocam alunos em risco
Dentro da unidade os problemas também são muitos, desde cozinha precária, até equipamentos usados em obra espalhados por toda área
Os buracos nas ruas de Araraquara, infelizmente, não são mais novidade, já fazem parte do trajeto das pessoas. Mas as condições do asfalto e da sinalização de trânsito em frente à Associação Beneficente “Ranchinho”, que está recebendo mais de 240 alunos do CAIC Rubens Cruz (Selmi Dei III) desde o ano passado, colocam as crianças e os servidores em risco diariamente.
A portaria da Associação fica em rua de mão dupla, em uma curva com buracos que obrigam os motoristas a desviar, muitas vezes em direção à calçada. Calçada, aliás, que não existe ao sair da escola para a esquerda em direção à Rua Maurício Galli, principal via de acesso próxima do local. “O risco de atropelamento ali é enorme”, diz Luciano Fagnani, dirigente do SISMAR.
A “Ranchinho” fica na Av. Dr, Miguel Couto, no Jd do Bosque, e recebe os alunos do Selmi Dei (mais de 4km distante) porque as escolas de lá não comportam a quantidade de crianças matriculadas, por causa da instalação de novos bairros sem planejamento, sem estrutura mínima para acolher as milhares de pessoas que foram morar ali nos últimos anos.
Porém a Associação Ranchinho também não é adaptada para receber tamanha demanda, o que acarreta vários problemas e coloca em risco tanto os funcionários como as crianças, mesmo dentro da unidade.
Atendendo a solicitação de servidores, dirigentes do Sindicato visitaram a “Ranchinho” e identificaram muitos problemas. De acordo com o relatório do SISMAR, algumas reformas estão sendo realizadas no local concomitantemente à presença dos alunos na unidade, em áreas aparentemente não isoladas. “Isso aumenta em muito o risco de acidente pois, equipamentos ficam espalhados por toda área da unidade”, diz o documento.
Ainda segundo a vistoria do Sindicato, a cozinha é quente e bastante precária e não atende as normas que a Vigilância Sanitária exige para produção de alimentos. E tem mais: “O quiosque onde as crianças brincam encontra-se com telhas quebradas, o parquinho de areia possui pedras, verificamos muito material espalhado pelo local bem como entulho, carteiras, as cortinas do barracão se soltaram com chuva e vento forte e quase atingiram crianças e educadores, segundo relato de uma funcionária. Quando chove os professores têm dificuldades de trocar de salas pois as mesmas não possuem cobertura entre elas”, segue o texto.
Servidores ainda relataram que o sistema de drenagem de água de chuva não é suficiente, os alagamentos são frequentes e que o local não possui porteiro, deixando a unidade vulnerável à entrada de pessoas não autorizadas.
O SISMAR encaminhou o caso detalhadamente e com fotos à Gerência Regional do Trabalho e Emprego (GRTE), pedindo uma mesa de negociação com a presença da Defesa Civil, Vigilância Sanitária e Secretaria de Trânsito e Transportes para uma solução urgente dos problemas apontados. A audiência de mediação foi marcada para o dia 15 de março às 14h30. “Os servidores que puderem comparecer, serão bem vindos”, convida Fagnani.