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23 de fevereiro 2016

Professores de Araraquara entram em estado de greve contra hora/aula mais longa

Caso não seja revogada, mudança unilateral da Secretaria da Educação aumentará jornada em 20% sem aumento de salário

 

Os professores da rede municipal de Educação de Araraquara entraram em estado de greve nesta segunda-feira, 22, contra a mudança unilateral da Secretaria Municipal da Educação (SME) que impõe um aumento de 20% no tempo de duração da hora/aula, de 50 para 60 minutos. A decisão foi tomada pela categoria em assembleia na sede do SISMAR na última sexta-feira e significa que eles podem parar as atividades a qualquer momento a partir desta quinta-feira, bastando para isso uma assembleia.

A pedido do SISMAR, o caso está sendo acompanhado de perto pela Gerência Regional do Trabalho e Emprego (GRTE), órgão do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que já alertou os representantes da SME sobre as implicações de tal mudança. “A hora/aula de 50 minutos é uma realidade na educação de todo o País há décadas. Toda a organização dos períodos e, por consequência, das pessoas, professores, pais, alunos e de toda a comunidade escolar, está baseada nas aulas de 50 minutos. Mudar isso por decreto com o ano letivo em andamento é um ato inconsequente e vai ter impactos gravíssimos em todas as esferas”, alerta Agnaldo Andrade, professor e vice-presidente do SISMAR.

Em audiência de mediação realizada entre trabalhadores, representados pelo Sindicato, e Prefeitura na semana passada, o Ministério do Trabalho deu prazo até a próxima sexta-feira para que a SME informe oficialmente se vai ou não revogar o decreto que altera a duração da hora/aula nas escolas de Araraquara. “Até lá, vamos esperar. Depois, caso não revoguem o decreto, quem vai decidir os rumos da mobilização é a categoria em assembleia”, explica Andrade. Segundo ele, os efeitos da mudança, caso seja mantida, podem ir desde a inviabilidade de professores manterem dois contratos, até a necessidade de nova atribuição de aula. “As consequências são gravíssimas. O cenário é o pior possível: professores perdendo empregos, aulas sendo interrompidas para nova atribuição e falta de professores em determinados horários. Uma tragédia”, completa.

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