
27 de abril de 2018
Prefeitura não manda ninguém para negociar data-base do funcionalismo
Faz 46 dias que Edinho Silva ignora a categoria; pauta de reivindicações foi protocolada no começo de março e até hoje não houve sequer resposta oficial
Para Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara, 46 dias não foram suficientes para o governo pensar a respeito da data-base do funcionalismo. Pelo menos essa foi a alegação da Prefeitura para não mandar ninguém na audiência de mediação convocada pelo Ministério do Trabalho para esta quinta-feira. A Prefeitura “recebeu a notificação recentemente, não tendo tempo hábil para discussão”, diz a ata registrada pelo Gerente Regional do Trabalho e Emprego Milton Bolini.
O SISMAR repudia essa recusa da Prefeitura de Araraquara em negociar a data-base dos servidores municipais. A pauta de reivindicações construída pela categoria foi protocolada dia 12 de março, há exatos 46 dias, e até agora nenhuma resposta. “Muito mais que o Sindicato, a falta de respeito do governo é enorme com a categoria toda. São seis mil famílias esperando uma resposta, todo o funcionalismo querendo debater seus salários já baixíssimos e defasados. Lamentável que o governo fique protelando”, protesta Agnaldo Andrade, presidente do SISMAR – Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região.
Uma nova audiência na GRTE já ficou marcada para terça-feira, dia 8 de maio, às 15 horas, no Ministério do Trabalho.
Infelizmente, o fato de um governo do Partido dos Trabalhadores não valorizar os trabalhadores do seu próprio governo não surpreende este Sindicato. Foi assim nos dois primeiros mandatos de Edinho Silva (2001-2008), período em que parte do funcionalismo acumulou perdas salariais de 30% (a inflação foi 30% maior que o aumento dos salários). Outra parte teve um pouco menos de prejuízo, por causa do PCCV de 2005, mas todos acumularam perdas maiores ou menores. Em oito anos, no melhor período histórico do País, não houve aumento real para os servidores. O SISMAR espera que este ano seja diferente.