
12 de abril de 2018
Cansados de violência, assistentes sociais e psicólogos exigem Adicional de Risco
Caso não haja algum tipo de remuneração pelos riscos, as categorias podem deixar de prestar serviços à Justiça
Ameaças e violência, infelizmente, são uma realidade para os Assistentes Sociais e Psicólogos da Prefeitura de Araraquara convocados para fornecer laudos em processos judiciais. Na maior parte das vezes, os laudos são utilizados pelo Ministério Público e pela Justiça contra as famílias e os servidores municipais acabam ficando expostos, como algozes das famílias ou indivíduos avaliados. O nível de estresse elevado por causa dos riscos tem levado ao adoecimento e posterior afastamento dos profissionais envolvidos.
Com apoio do SISMAR – Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região, as duas categorias reuniram-se em assembleia específica nesta terça-feira, dia 10, e definiram uma pauta que será cobrada do prefeito Edinho Silva (PT): ou o governo regulamenta algum tipo de remuneração pelo risco assumido (por meio de convênio com o Estado ou pelo pagamento do Adicional de Risco) ou os profissionais deixarão de prestar o serviço para o Ministério Público e para o Judiciário e voltarão a fazer estritamente as funções determinadas no edital do concurso, que não prevê “empréstimo” para outros órgãos.
O prefeito Edinho Silva (PT) até se comprometeu a avaliar o caso do adicional de risco. Porém, o parecer formulado pelo departamento jurídico da Prefeitura nem chegou a ser encaminhado a ele, foi indeferido antes mesmo de ser levado ao conhecimento do prefeito.
O SISMAR comunicou a decisão da assembleia para a Prefeitura e aguarda retorno para dar andamento nas negociações.