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26 de outubro de 2017

Desmonte da segurança municipal resulta em aumento da violência nas unidades públicas

De um lado, os gastos com Segurança Pública, incluindo a Guarda Municipal, caíram 25% em seis anos, a frota é a mesma há anos, não há reposição nem de pessoal; do outro, furtos, vandalismo e agressão se tornaram rotina e servidores clamam por segurança

 

Não é por acaso que os casos de agressão, vandalismo e furtos dentro de unidades públicas municipais têm aumentado. A imprensa, quase todos os dias, noticia um fato novo.

Caberia à Guarda Municipal fazer a proteção dos servidores e dos prédios e equipamentos públicos. Porém, os gastos que a Prefeitura tem realizado com Segurança Pública caíram quase 25% em seis anos. Se o salário dos servidores subiu (abaixo da inflação, mas subiu), o combustível subiu, o custo de manutenção das viaturas subiu, como a Prefeitura pode gastar menos a cada ano que passa?

O resultado dessa política de cortar dinheiro é que a segurança fica cada vez com menos estrutura. A frota de veículos da Guarda Municipal é a mesma há anos, sem manutenção adequada. Servidores aposentam, pedem demissão ou deixam a Prefeitura por qualquer outro motivo e não são preenchidas as vagas deixadas por eles.

Com menos gente e pouca viatura, não é possível fazer o serviço de proteção adequadamente. Sem investimento em segurança pública, não tem como o resultado ser diferente: mais violência.

 

- Os servidores da unidade de saúde do Jardim Ieda não têm mais local para aquecer suas refeições. O botijão de gás foi furtado a pouco mais de dois meses e na madrugada da última segunda-feira ladrões levaram o micro-ondas. O café e o açúcar também foram furtados.

- Na UPA do Vale Verde, na semana passada, um homem armado rodeou a unidade tentando entrar para matar um paciente que era atendido pela equipe de enfermagem.

- Empurrões e gritos na UPA Central contra servidoras.

- No Jardim Brasil também furtaram o botijão de gás. Até hoje, não foi reposto.

- A imprensa mostra quase todo dia casos de vandalismo nas escolas municipais de Araraquara.

- Professores são agredidos em sala de aula.

- Servidores trabalham sobrecarregados e com medo.

 

Diante da gravidade da situação, o SISMAR acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT) para exigir que a Prefeitura garanta a segurança dos servidores dentro e fora das unidades. Não é possível admitir que qualquer trabalhador seja agredido ou furtado dentro do seu local de trabalho, assim como os prédios públicos não podem ficar à mercê de bandidos e vândalos

Uma audiência foi marcada no MPT para a próxima segunda-feira, dia 30, com a procuradora Lia Magnoler Rodriguez, representantes da Prefeitura de Araraquara e dirigentes do Sindicato.

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