
13 de junho de 2017
Prefeitura vai estudar reajuste salarial de 7% e tíquete de R$ 500 para servidores
Negociação segue no Ministério do Trabalho; nova audiência está marcada para a próxima segunda-feira, 19
De um lado, sete mil servidores em estado de greve esperando o desfecho da negociação salarial e do outro a construtora MRV. Com qual das duas partes você acha que o secretário de gestão e finanças Donizete Simioni preferiu se reunir? Não foi com os trabalhadores.
Assim, priorizando contratos e empresários, a Prefeitura de Araraquara enviou Sérgio Geraldo Fracassi, coordenador de RH, para a audiência de mediação no Ministério do Trabalho, na tarde desta segunda-feira, sobre a negociação salarial dos servidores municipais que se estende desde fevereiro.
Fracassi foi orientado a dizer que o governo está aberto para seguir com as negociações, mas, questionado, não soube explicar por que, então, o projeto com a proposta de parcelamento do reajuste salarial foi encaminhado à Câmara antes mesmo da assembleia que a rejeitou.
Sem poder para decidir ou fazer propostas, o Coordenador trouxe o recado da Administração, ouviu o SISMAR e os servidores presentes e se comprometeu a levar para a Prefeitura para análise e deliberação a proposta dos servidores aprovada em assembleia, de 7% de reajuste e aumento do tíquete para R$ 500, ambos a partir de maio, e que os reajustes sejam estendidos aos servidores da Fungota.
Uma nova audiência está marcada para a próxima segunda-feira, dia 19, às 9h30, quando a Prefeitura deve apresentar uma resposta à proposta dos servidores.
Transparência
Também consta na ata da audiência de ontem que a Prefeitura se compromete a divulgar nos canais de transparência os nomes, cargos e salários de todos os servidores municipais, inclusive cargos de comissão e de confiança, como manda a Lei e como já fazem o Daae e a Câmara Municipal.
Em resumo, parece que só não tem dinheiro para os servidores.
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Está provado que existe margem legal para conceder o aumento pedido sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
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Está provado que a arrecadação da Prefeitura subiu 7% de janeiro a abril comparado com o ano passado.
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As nomeações nos jornais não param. A política questionável de nomeação (de amigos, parentes dos amigos e “ajudantes de campanha”) para cargos comissionados e funções de confiança continua.
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Continuam os contratos absurdos, como aluguel de carro por R$ 7 mil por mês.
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A Jari continua pagando quase R$ 500 por reunião (muitas vezes com menos de duas horas) para cada membro. Na média, cada um recebe R$ 2 mil por oito horas de trabalho. Mais do que a maioria dos servidores ganha em um mês inteiro.
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