
7 de junho de 2017
Sem definição: Negociação salarial dos servidores continua no Ministério do Trabalho
Arrecadação da Prefeitura aumentou (tem dinheiro) e há margem dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal para aumento de pelo menos 7% (o Sindicato tem documentos que comprovam tudo isso); Dessa vez não tem conversa, os servidores têm que ser prioridade
Sem proposta nova do governo Edinho Silva (PT), os servidores municipais de Araraquara, reunidos em assembleia na noite de ontem, 6, decidiram dar continuidade às negociações salariais com mediação do Ministério do Trabalho.
A audiência está marcada para o dia 12, às 14h30 e todos os servidores devem comparecer, usando, inclusive, abonadas, doação de sangue e outras ausências justificadas para poder acompanhar a reunião.
O SISMAR e os servidores não vão aceitar acumular mais perdas salariais nessa data-base. A categoria já perdeu quase metade do poder de compra nos últimos 16 anos. E, se não fosse o SISMAR, a situação estaria ainda pior, sem promoção de 16%, sem abonada, sem CLT.
Portanto, não vai ser dessa vez que o SISMAR vai fugir da luta. Pelo contrário, o Sindicato tem muito mais motivos para cobrar com força um governo que se pretende “dos Trabalhadores” e que fez promessas específicas para os servidores, que não estão sendo cumpridas.
Por que estamos insistindo tanto nesse aumento?
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Porque a Prefeitura tem dinheiro para dar aumento bem maior do que o que está oferecendo.
O Sindicato tem documentos que comprovam o aumento de arrecadação do Município nos primeiros quatro meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado (pelo menos 7% a mais). São números oficiais, organizados nos estudos realizados pela parceria SISMAR-UNESP, por alunos estagiários de Administração Pública supervisionados pelo economista, professor e chefe do Departamento de Administração Pública da UNESP/Araraquara, especialista em Finanças Públicas, Valdemir Pires.
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Porque a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) permite ao governo dar aumento maior do que 7% a partir de maio de 2017.
Pela LRF, os governos podem gastar com pessoal um pouco mais da metade do que arrecada no ano, 51,3% para ser mais preciso. No ano passado, as folhas de pagamento consumiram apenas 48,41%.
Somando essa diferença de 48% para 51% com o crescimento da arrecadação, os cálculos feitos pela Unesp mostram que a Prefeitura de Araraquara pode dar mais de 7% de aumento para os servidores sem impactos negativos nas contas públicas.
Ou seja, nós temos como provar que a Prefeitura tem dinheiro e tem margem dentro da Lei para dar aumento para o funcionalismo. Já que o prefeito diz o contrário, o SISMAR quer que ele mostre documentos.