
19 de maio de 2017
SISMAR quer proposta melhor do que reajuste da inflação parcelado em duas vezes
Até porque a política de nomeações excessivas continua e consome o dinheiro que poderia ser de todos os servidores
O SISMAR solicitou ao governo de Araraquara que melhore a proposta feita ontem, 18, em reunião entre o Sindicato, a comissão de servidores e a Prefeitura, de conceder 2,08% de reajuste salarial em setembro e mais 2% só em janeiro do ano que vem, R$ 35 de aumento imediato no tíquete e mais R$ 15 em setembro. Uma nova reunião está marcada para o dia 25, antes da assembleia. O Sindicato espera que a Prefeitura coloque os servidores como prioridade e aumente a proposta até lá.
Detalhe: Enquanto a reunião ocorria e os representantes da Prefeitura alegavam fata de dinheiro para atender às demandas da categoria, em outro local do mesmo prédio eram preparadas as nomeações de mais 25 encarregados somente na Secretaria de Obras e Serviços Públicos, para publicação oficial nos jornais de hoje. Motoristas, agentes administrativos e operacionais são, agora, encarregados e algumas perguntas ficaram no ar: encarregados de quê? Havia necessidade real dessas nomeações? Qual o impacto disso nas contas públicas?
Na reunião de ontem, foram apresentados pelo governo dados referentes à quantidade e custo dos cargos comissionados atuais, comparados com 2013, primeiro ano do segundo mandato do governo Barbieri. Não foram mostrados os números referentes a cargos de confiança, como os 25 novos encarregados de hoje.
O total de cargos comissionados em atividade diminuiu de 2013 para 2017 (de 194, para 92) e o valor total gasto com eles também caiu (de R$ 537 mil, para R$ 367 mil). Porém, o custo individual médio de cada cargo comissionado subiu de R$ 2,7 mil em 2013, para R$ 4 mil em 2017. Ou seja, hoje há menos comissionados em atividade na Prefeitura do que em 2013, mas eles estão ganhando 50% mais. No mesmo período, o salário dos servidores subiu 20,6% e a inflação foi de 30,76% (IPCA).
O SISMAR não compactua com a política de nomeações adotada pela Prefeitura até agora e entende que o número de comissionados e o custo deles deveria ser ainda menor, para que todos os servidores possam ter melhores condições de vida e não só os “escolhidos”. Gastos excessivos com nomeações, sejam de confiança ou comissionados, consomem o dinheiro da Prefeitura e sobra menos para os outros servidores.
Outras questões foram destacadas como fundamentais pelo SISMAR durante a reunião com a Administração, como a equiparação do tíquete da Fungota com o dos demais servidores e a redução da jornada de trabalho.
No dia 23, terça-feira, às 18 horas, o SISMAR ocupará a Tribuna Popular da Câmara para debater a questão do reajuste salarial dos servidores municipais com os vereadores e com a população.
Dia 25, quinta-feira, às 18 horas, no Clube Estrela, haverá assembleia geral dos servidores para avaliação da proposta da Prefeitura.
Cabe aqui ressaltar que o Plano de Saúde foi conquistado na Justiça, não faz parte da pauta de reivindicações da data-base 2017 dos servidores e não é objeto de negociação nessa campanha salarial.