
18 de novembro de 2015
Na pressão: Prefeitura volta atrás e suspende aumento de jornada de trabalho na Saúde
Compromisso foi assumido pelo Secretário de Saúde no fim da tarde de ontem; mobilização dos servidores foi decisiva
Vitória maiúscula da mobilização dos servidores das UPAs e do SAMU apoiados pelo SISMAR contra o aumento da jornada de trabalho sem o devido pagamento. No fim da tarde de ontem, em meio à manifestação dos servidores na Câmara Municipal e um dia depois da categoria aprovar uma greve, o secretário municipal de Saúde de Araraquara, Carlos Fernando Camargo, ligou pessoalmente para o advogado do SISMAR, Dr. Adriano Oliveira, e comunicou a suspensão da mudança nas as escalas por 30 dias, tempo hábil para mais uma reunião entre Sindicato, vereadores e Governo.
Mudanças na jornada de trabalho da saúde e de outros setores da Prefeitura de Araraquara estão sendo debatidas por uma comissão formada por vereadores e pelo SISMAR, conforme exigência do artigo 3º da Lei 8.534, que trata da regulamentação de jornadas especiais de trabalho. Porém, atropelando o processo de diálogo, as Secretarias da Saúde e de Administração haviam determinado o aumento da jornada de trabalho já a partir da escala de novembro, o que acabou sendo suspenso ontem.
Os servidores das UPAs e do Samu, reunidos em assembleia na noite desta segunda-feira, 16, decidiram entrar em greve a partir do dia 4 de dezembro, caso haja aumento da jornada sem acordo com o SISMAR. Ontem, também por decisão da assembleia, parte dos trabalhadores foi até a Câmara Municipal cobrar explicações e apoio do Legislativo para que o diálogo se mantenha. A sessão ficou suspensa e o clima tenso. O vereador William Affonso (PDT), líder do Governo, alegou que não sabia da mudança na jornada já para novembro e teve que ouvir poucas e boas dos servidores. A principal queixa era justamente o terrorismo psicológico feito por tantas ameaças de mudança.
Por fim, os vereadores da base e da oposição assinaram um documento no qual pedem à Prefeitura que a comissão de regulamentação seja respeitada, que a jornada seja mantida até que haja acordo com o Sindicato e que o Executivo dê garantias à categoria de que o processo de regulamentação da jornada será respeitado.