
4 de setembro 2015
Servidores entram em estado de greve contra o corte da Unimed
Eles prometem lotar a Câmara Municipal na próxima terça-feira para pressionar; assembleia contou com mais de mil trabalhadores
Uma multidão com mais de 1,5 mil servidores municipais de Araraquara fechou a rua Gonçalves Dias em frente ao SISMAR ontem, 3, e decidiu, em assembleia, entrar em estado de greve contra o corte do subsídio do seu plano de saúde pela Prefeitura. A decisão será comunicada oficialmente à Prefeitura e ao Ministério do Trabalho ainda hoje, 4.
Assim, a partir da próxima terça-feira, os servidores podem parar suas atividades a qualquer momento. “[Parar] Não é a nossa intenção. Queremos diálogo, negociação, mas a categoria demonstrou com clareza que está pronta para o enfrentamento”, explica Valdir Teodoro Filho, presidente do SISMAR.
Os servidores que lotaram a rua decidiram que vão apoiar o “dia da vergonha”, mobilização iniciada pelo Movimento Unificado Araraquara, e já preparam uma mega manifestação na Câmara Municipal no dia 8, às 18 horas, para pressionar os vereadores da base de apoio ao governo e pedir que eles intervenham em favor da categoria, pela manutenção do subsídio do plano de saúde.
Independente da resposta da Câmara e da Prefeitura, uma nova assembleia também já ficou marcada para quinta-feira, dia 10, às 18 horas, no SISMAR, para que os servidores decidam os rumos do movimento.
O corte do subsídio do plano de saúde, avisado com menos de uma semana de antecedência, além de elevar o valor pago pelo trabalhador em até cinco vezes, deixou muitos servidores sem cobertura e tem causado revolta.
O que é estado de greve:
É chamado estado de greve o período em que os trabalhadores já comunicaram o patrão e o Ministério do Trabalho e Emprego sobre sua insatisfação e sua intenção de paralisar as atividades caso não haja negociação satisfatória. A partir de 72 horas após o comunicado, os trabalhadores podem entrar em greve a qualquer momento.