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04 de agosto 2015

Governo pede transferência de GCM que acompanhou vereadores no videomonitoramento

O assédio foi gravado; coordenador admite que mudança vai atrapalhar, mas será feita

 

O Guarda que estava junto com os vereadores de oposição no dia em que eles foram impedidos de entrar na central de videomonitoramento foi transferido de posto de serviço no dia seguinte. A Prefeitura não teve nem o cuidado de esconder que trata-se de retaliação pela postura questionadora do servidor.

“Recebi orientações do Governo para tirar você de lá”, disse Marcos da Silva, coordenador da Guarda Municipal de Araraquara, dirigindo-se ao Guarda durante reunião na base da GCM. “Seria melhor se você ficasse, já estava tudo certo. Agora vou ter que ver onde eu mexo [na escala] para adequar você”, continua o coordenador. A fala de Marcos da Silva foi gravada com um celular.

O caso está sendo acompanhado de perto pelo SISMAR e será encaminhado ao Ministério Público do Trabalho, que já investiga a Prefeitura de Araraquara por outros casos de assédio. “Esse governo é especialista em punir trabalhadores que lutam por seus direitos, para desestimular mesmo qualquer tipo de organização”, explica o dirigente do SISMAR Marcelo dos Santos Roldan. “Demitiram arbitrariamente mais de vinte agentes de combate à dengue no meio de uma epidemia da doença por terem se aproximado do SISMAR e terem ido à Câmara questionar a secretária de saúde sobre a atividade por eles desenvolvida. Foram todos reintegrados e indenizados por ordem da Justiça, mas passaram um ano sem salário, sem emprego. As chefias abrem Processo Administrativo para qualquer servidor que se disponha a questionar ordens absurdas seu superior ou que não se submeta às imposições político-partidárias. O Ministério Público do Trabalho (MPT) já está na cola da Prefeitura por causa das perseguições. Agora vamos levar mais esse caso para lá”, completa Roldan.

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