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8 de junho 2015

EMEF Gilda está em greve por falta de segurança

Movimento foi deflagrado hoje, por causa das constantes ameaças contra servidores e falta de segurança

Os servidores da EMEF Gilda Souza, no Indaiá, entraram em greve hoje, 8, por mais segurança na unidade. Na véspera do feriado, o alambrado da escola foi derrubado. A Prefeitura se comprometeu a consertá-lo até hoje, 8, o que não ocorreu. Os trabalhadores, que já estavam em estado de greve, realizaram assembleia e decidiram paralisar as atividades.
Além do alambrado, outras brigas e ameaças a funcionários foram registradas nas últimas semanas. O caso mais grave foi de um aluno que ameaçou a servidora de ir até a casa dela para matá-la.
“Enquanto não colocarem o alambrado de pé e segurança armado pelo menos durante horário de funcionamento da escola, os servidores não voltarão ao trabalho. Foi essa a decisão do grupo e isso só muda com nova assembleia”, explica Agnado Andrade, professor e dirigente do SISMAR.
O Ministério do Trabalho e Emprego e a Prefeitura já foram comunicados da greve. Uma audiência de conciliação deve ser marcada para breve.
Tragédia anunciada
O problema da EMEF Gilda não é localizado. Os casos de violência nas escolas municipais têm crescido em Araraquara na mesma proporção em que os investimentos da Prefeitura na Educação diminuem. Segundo relatos de servidores, líderes comunitários e pais de alunos, enquanto as escolas eram mais interessantes, com oficinas culturais e esportivas e utilização pela comunidade nos finais de semana, e na época em que havia um segurança em cada unidade e câmeras de monitoramento, eram menos frequentes os vandalismos e ameaças.
Em maio, a EMEF Waldemar Safioti, no Jd. Cruzeiro do Sul, registrou três casos violência. Em um deles, uma agente educacional quebrou a mão tentando apartar uma briga. Na EMEF Ruth Cardoso, no Maria Luiza, um homem armado invadiu a escola procurando por uma servidora para matá-la.
Há mais de dois anos, o SISMAR busca uma solução para o problema, acionando o MTE, pedindo a contratação de segurança para as unidades escolares, contratação de mais professores, mas a Prefeitura, em todas as tentativas, minimiza o problema e empurra a solução com a barriga para um futuro incerto. A última informação oficial é que o processo de licitação para contratação de segurança terceirizado está aberto, mas não tem data para ser concluído. Enquanto isso, todos continuam em risco permanente, alunos, pais, trabalhadores e a comunidade vizinha à escola.

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